Lolitta Verão 2016 – SPFW

Estão acompanhando os desfiles do SPFW, meninas? Confesso que já estive mais empolgada com o evento, mas sempre tem aquele desfile que a gente não pode perder. Até agora gostei muito do desfile do Reinaldo Lourenço, mas hoje fiquei enlouquecida pelo da Lolitta Verão 2016!

Me identifico com o DNA da marca desde o início (foi fundada em 2008), gosto da aura de feminilidade que passa pelo sexy sem perder a elegância. A Lolitta já passou pela fase dos vestidos de bandagem marcando mais o corpo – aliás, foi quando se consagrou – mas, desde então, amadureceu muito. Essa evolução já é notada há algumas temporadas, mas pôde ser de fato sentida quando a grife passou a integrar o time das marcas que desfilam no SPFW e, da estreia para a temporada atual, ficou absolutamente nítido o amadurecimento de Lolita Hannud, a mente criativa por trás dessa coleção maravilhosa.

Ela já havia diversificado os trabalhos em tricô na última coleção, mas essa merece destaque especial. Novas texturas, novos efeitos a partir do tricô e a ousadia na mistura deles em uma só peça trouxe frescor ao conceito da grife, que continua atendendo ao desejo da mulher que sempre a consumiu através do shape ainda feminino, mas dessa vez remetendo aos anos 50 (quase não amo!).

Entre as texturas – que foram várias – fiquei encantada com o tricô de couro, que, aliado ao tricô tradicional, formou um dos mix mais interessantes. Vamos ver o que rolou:

O floral ocupou boa parte da coleção e apareceu tanto em estampas, quanto formado pelo efeito de laise obtido a partir do próprio tricô (mais uma genialidade da grife!). Os saltos eram grossos e pesados, mas se diferenciavam quanto aos modelos: um era uma lace-up boot toda moderninha, que contrastava com o conceito mais conservador (50’s), e o outro era o eterno mary-jane – aquele com uma tira no peito do pé – que fazia o efeito oposto.

Brancos e nudes também representaram um bom bloco da coleção, incrementados com esse efeito de laise maravilhoso! Ainda na parte das inovações em textura, a grife trouxe o tressê de tricô, entrelaçando tiras do tecido em diferentes cores para formar cada peça e deixando pontas para formar o efeito de franjas (um resquício da tendência 70’s do inverno). Formas geométricas apareceram pontualmente em alguns modelos, além de formar o mix mais inusitado do verão da Lolitta: floral + geométricos. Por fim, os volumes. Eles trouxeram movimento e imponência à delicadeza dos modelos.

Um pouco mais pra gente babar:

Fiquei realmente encantada e com aquela sensação boa de quando vemos novidade. Em um tempo em que já se inventou tudo em termos de shapes e silhuetas, é revigorante presenciar inovações, mesmo que sejam em texturas. Achei tudo de extremo bom gosto e elegância, mas com aquele twist que tira a coleção do óbvio, trazido pelas misturas e efeitos obtidos a partir da matéria-prima com a qual a marca sempre trabalhou.

Para não tirar o foco dos vestidos sensacionais, optaram por uma beleza fresca e natural:

Fotos: FFW.

A sobrancelha é totalmente estranha, mas é aquela coisa conceitual que tem que ser criada para um desfile não ser monótono, não pra virar tendência, hahahah! * Devo dizer que quando eu estava na escola tinha uma menina que tinha a sobrancelha desse jeito, só que sem precisar fazer nada. Tenso!

Tirando esse detalhe, todas parecendo princesas no backstage. Conto de fadas! Quem viu minha coleção de encerramento do curso que eu fiz sabe o quanto amo a influência 50’s, então imaginem meu amor por essa coleção neste momento. <3

Gostaram? Acharam alguma coisa over? Contem!